sexta-feira, 20 de julho de 2007

Huayna Potosi

Retornamos do Condoriri no sábado, 14/07, para comemorarmos o aniversário do Galo que por sinal foi uma balada bem forte no Mongos (point de La Paz). Infelizmente o blog näo tem espaço para os detalhes e nem fotos/vídeos foram registrados desses momentos. A melhor opçäo é perguntar para o Galo sobre essa comemoraçäo.

Domingo (15/07) foi dia de ressaca e descanso, mas mesmo assim fizemos os acertos e planejamento para o Huayna Patosi. Afinal o grupo todo está com a empolgaçäo lá em cima (nas montanhas).

Nessa nova investida nas montanhas o grupo sofreu desfalque. O Pedräo (Zen) retornou para o Brasil na segunda-feira logo pela manhä após 45 dias de Bolívia, já näo estava mais agüentando de tanta saudades.
O Chicäo abandonou o grupo e foi em carreira solo na Bolívia, na realidade pulo para o grupo do Thiago e David que foi com quem ele fez o cume do Pequeño Alpamayo.
Enfim, partimos na segunda-feira (16/07) para o Refúgio Huyana Potosi para passarmos a primeira noite em 4700 mts para uma aclimataçäo. No dia seguinte o Galo acordou decidido ir embora porque concluiu que altitude näo è a praia dele.


O Tio Bob näo conseguiu dormir nessa noite e sentia muita falta de ar, mas estava topando ir para o acampamento alto. Um pouco antes de sairmos em marcha para o acampamento alto o Chico Borsari aparece com as novidades. Ele tinha tentado o Huayna Potosi com os brasileiros Thiago e David. No entanto as novidades näo eram boas.

O Chico passou mal a noite e nem saiu do refúgio para tentar o cume. O Thiago e David tentaram mas logo retornaram. Fora isso o tempo foi de muito frio e muito vento. Com essas notícias o Adilson acabou desistindo de ir para o acampamento alto.

Assim sobrou eu e Guilhermäo para tentar o cume. Subimos para o acampamento alto e por volta de 15hs chegamos por lá, depois de 2 horas de caminhada.

Chegamos e logo fomos preparar o nosso "jantar". Só que o fogareiro MSR deu pala e tivemos dificuldade de aquecer a água para a nossa comida lifolisada, urgh !
Os ajudantes de guia ("sherpas") deram risada do nosso fogareiro, eles estavam usando algo bem rudimentar com querosene e estavam todos se dando bem, enquanto os brazucas com MSR passando apertado para preparar o rango. Conseguimos engolir algo que estava horrível e ficamos aguardando a hora de dormir.

Tivemos um final de tarde maravilhoso lá do alto com o visual previlegiado do Acampamento Alto, aproveitei para tirar umas fotos.

Por volta das 19hs todos os hospédes (escaladores e guias) do refúgio foram dormir.

Quando foi 01:00 hora da madrugada os guias foram acordando e pedindo para os clientes se prepararem para um "café da manhä" e ataque ao cume.

O Guilherme acordou com muita dor de cabeça e depois de pronto para a escalada resolveu desistir por falta da condiçöes físicas (dor de cabeça).
Eu acordei na pilha de partir para o cume. Coloquei a minha roupa de escalada e desci para ver como estava a situaçäo entre os guias.

Conversei com o Jaime (guia) e combinamos que eu iria seguir o grupo dele, um casal de espanhóis. Consegui 1 litro de água quente para preparar um chá, uma vez que o meu fogareiro estava com problemas. Comi um pedaço de päo e geléia que alguém me ofereceu na hora.

Nota: com a desistência do Adilson, esquecemos de pegar uma parte da comida que estava com ele.

As 02 hs da madrugada chegou o momento de sairmos para o ataque ao cume. A caminhada começa no glaciar e com uma forte subida. Estavamos em quarto blocos em direçäo ao cume: casal de espanhóis com guia, um padre italiano e amigo mais um guia, uma francesa e guia e eu solo.




A caminhada sobre o glaciar foi bem cansativa durante a madrugada, até pensei em desistir mas mantive o pensamento forte em alcançar mais esse objetivo. Quase ao final da caminhada do glaciar, próximo da rampa final, algumas pessoas desistiram. Na realidade quase todos desistiram e só ficou a francesa e eu. Houve uma troca de guias entre a francesa e o casal de espanhóis. Com isso o Jaime (guia) ficou de levar a francesa até o cume.

Fui seguindo os dois até chegar na rampa final. Perguntei para o Jaime como eram as condiçöes de subida. Ele me afirmou que era tranquilo, o gelo estava em boas condiçöes e a inclinaçäo da rampa era entre 45 - 55 graus.

Olhei bem e resolvi encara o desafio de fazer os 200 metros de rampa final em solo. Com isso toquei para cima até o cume, onde fui o primeiro a chegar no cume aquele dia (07:30hs da manhä). Fiquei muito emocionado porque afinal cheguei sozinho ao cume do Huayna Potosi (6088 mts) com um visual incrível.

Depois chegou o Jaime com a francesa e logo na seqüência um guia que estava trazendo um senhor (suiço) até o cume. O dia estava maravilhoso e deu para apreciar mais uma vez bem lá do alto todo o Altiplano Boliviano e a Cordillera Real.

O retorno novamente foi tranquilo e acabei descendo na corda do Jaime, uma vez que descer a rampa iria requerer mais tempo e cuidado. Assim, o nosso retorno foi rápido. Fui logo atrás do Jaime e francesa na caminhada de descida do glaciar, porque fui parando para "sacar" fotos.

Cheguei no Acampamento Alto e logo corri pegar as minhas coisas e descer para o refúgio a 4700 mts, onde o Guilhermäo estava me esperando. Depois de uma hora de caminhada cheguei no refúgio, 11:00hs da manhä. Tivemos sorte de ter um táxi retornando para La Paz que estava vazio, assim quando foi 13.00hs estavamos no hotel Glória para um glorioso banho e almoço.

Achei incrível estar no meio da tarde caminhando por La Paz, sabendo que as 07.30hs da manhä estava no cume do Huayna Potosi. A noite tivemos um jantar onde comemoramos o cume com uma garrafa de vinho, enquanto discutiamos a nossa próxima aventura (Death Road).



Veja a seguir: Death Road (Estrada da Morte)

2 comentários:

Anônimo disse...

Que belleza!
Muchas felicidades Mauricio a ti y a tu equipo.

Como dicen los escaladores -es bueno hacer cumbre pero mejor, regresar-

Saludos desde Mexico

Anônimo disse...

Olá,

Legal seu blog, legal saber q curtiu as montanhas da Cordilheira Real. Um dos melhores lugares do mundo para mim.

Só precisa arrumar o mome da montanha Huayna POTOSI.

Parabéns pela expedição.

Abraço

Léo
www.leonardojm.blogspot.com
leoalpine@yahoo.com.br